terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Vinte e um de agosto

Com os olhos vazios e sem inspiração, deforma-me o coração, me deixe amar pela metade. Cansei de bancar o durão e fingir ser o completo, quando na verdade eu não sei nem quem sou. E quem é que sabe? Só as vezes no escuro é que me aconchegam em um quarto para chorar, para me queixar de que a vida me pira a cabeça e me deixa doidão. Não vou ser internado e nem dado como louco por chorar as escondidas, mas se um dia eu revelar porque é que choro, quem terá piedade de mim? Tem uns que sempre têm, não é? Não.

Vinte e seis de setembro

Deixarei claro para quem quiser ouvir que eu acredito na humanidade, acredito que um pobre senhor que passa fome pode ser saciado pela bondade de outros pobres miseráveis. Hoje eu já não choro mais, porque algumas pessoas sensíveis entendem bem a fragilidade do meu ser. Elas nunca me jugariam por ser quem eu sou. Nunca.

Vinte e sete de setembro

Desisti de viver. Adeus.

Scarlet Suelen

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